Desabafo da poesia...
Desabafo da poesia
Chega hora que a poesia cansa…
Quer ir embora,
Silencia suas linhas sinuosas,
Seus suspiros,
Seus desalentos,
Ela quer chorar…
Cansanda do seu próprio lirismo muitas vezes vazios, lúcidos, cheios de loucuras ou dos seus delírios inebriantes...
Ela cansa das suas melancólias dolorosas, solitárias e silenciosas...
Dos seus devaneios sentido na pele,
E contido na alma…
Pois a poesia cansa dos seus contos de fadas muitas vezes ofuscados pela realidade.
Das sensações múltiplas que predominam em seus versos.
Das imaginações que fogem da realidade,
Das inspirações que florescem e desabrocham sem limites,
Dos desejos que sempre levam ao prazeres.
Mas ela cansa...
De soletrar os sentimentos alheios,
De cantarolar letras de canções que marcam um grande amor,
De contar o cotidiano em forma de seus poemas...
Pois a poesia cansa e em seu viver hiberna em seu mundo,
Ficando na escuridão,
Trazendo sua dor,
E causando o caus não somente em suas estrofes, mas em seu coração!
De: Mônica Albuquerque