O POETA DA MONTANHA

Cada vez que isso me acontece

sinto que minha mão estremece,

ja não sinto, emoções tão delirantes...

Aquilo que foi por um tempo só euforia,

hoje deixa minha alma tão vazia

e não chega, só por alguns instantes...

Vejo-me sozinho, nessa grande avenida

onde a lembrança não foi esquecida,

foi onde perdí, o gosto pela poesia...

Nessa ânsia que me é tão extrema

que foge,a inspiração para o poema,

e acredito...Que deixarão de existir...

Desde que essa tristeza para aqui veio,

nem poesias antigas mais leio,

estou proibido, de textos produzir...

Minha falta de estímulo e tamanha,

nada mais escreverá, o poeta da montanha,

ou sairá tudo, sem começo, sem fim...Sem meio..

Sinto que o pensamento esta sombrio,

não ouço mais, o murmuro do rio

nem o som choroso, da cachoeira do lago...

aquele som que em minha mente rugia

acho que foi embora com a ventania

deixando comigo...Um espaço tão vago.

Sentindo, vejo o fim desse trovador

a não ser, que apareça algum amor,

para em minha alma...Reparar esse estrago...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/09/2007
Reeditado em 19/03/2009
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