Diante do olhar
Meu olhar apressado ainda assim tens notado
Nesta metrópole louca e rouca de tanto barulho
De um lado o orgulho, noutro o nulo...
Eu te vi com as mãos tapando o rosto
O coração na certa carregava um desgosto...
Da amargura!
Em outra calçada, quase ajoelhada encolhi o corpo...
A dor ou a fome já não sabe do que?...
O desespero ou a apatia que chega à porta!
A porta do limite da alma...
Sozinhos e perdidos
Na minha pressa ainda ouço, tudo passa...
E porque este passar?
Quase num grito ou um colóquio com Deus.