NO PÉ DO MORRO
No fim daquele vale, lá no fim do grotão,
mora um ex poeta, que hoje é um ermitão,
que tem como vizinha uma estrela no céu.
De longe vejo, a cobertura de seu ranchinho,
e perguntando, como pode viver aqui sozinho,
creio que foi uma ilusão, se tornou um réu.
Será mesmo sem vizinho?
Tem animais e passarinho,
tem a abelha, e tem o mel.
Morando tão só, numa densa vegetação,
tem as árvores, para admirar sua canção,
um cavaquinho,que foi o último troféu.
Um pandeiro um violão,
uma riqueza no sertão
a natureza e seu painel.
Durante tantos anos, fui eu a sua única visita,
fui eu que li suas poesias e tambem sua escrita,
poemas que ninguem mais irá algum dia ler.
Mas um dia, a tarde, quando já descia o sol,
notei coisa estranha,por todo aquele arrebol,
encontrei o poeta caído no chão, vai morrer?
Segurou minha mão,
me mostrou o coração,
e não pode mais gemer.
Ficou tão triste, o ranchinho no pé do morro,
ainda mais com o uivado triste do cachorro.
creio que com seu dono,também queria falecer.
Noite de solidão,
está triste o sertão,
dificil de escrever.
Os pássaros em silêncio,e a mata tão quieta,
tristeza profunda no sepultamento do poeta,
sentí ser o último ser humano, fim do mundo.
A solidão e a agonia, isso e tudo o que me resta,
nada me anima, nem a natureza nem a floresta,
sinto morrer, demora tanto a passar cada segundo.
Olhando o seu ranchinho,
sento, chorando baixinho,
numa tristeza me afundo.
Pensando, mudarei tambem, quero morar aqui,
cuidarei de seu cão, e lerei o que ainda não lí,
habitarei seu rancho, aqui no vale do submundo.
Terá um habitante,
esse lugar tão distante,
aqui no rancho fundo.
No fim daquele vale, lá no fim do grotão,
mora um ex poeta, que hoje é um ermitão,
que tem como vizinha uma estrela no céu.
De longe vejo, a cobertura de seu ranchinho,
e perguntando, como pode viver aqui sozinho,
creio que foi uma ilusão, se tornou um réu.
Será mesmo sem vizinho?
Tem animais e passarinho,
tem a abelha, e tem o mel.
Morando tão só, numa densa vegetação,
tem as árvores, para admirar sua canção,
um cavaquinho,que foi o último troféu.
Um pandeiro um violão,
uma riqueza no sertão
a natureza e seu painel.
Durante tantos anos, fui eu a sua única visita,
fui eu que li suas poesias e tambem sua escrita,
poemas que ninguem mais irá algum dia ler.
Mas um dia, a tarde, quando já descia o sol,
notei coisa estranha,por todo aquele arrebol,
encontrei o poeta caído no chão, vai morrer?
Segurou minha mão,
me mostrou o coração,
e não pode mais gemer.
Ficou tão triste, o ranchinho no pé do morro,
ainda mais com o uivado triste do cachorro.
creio que com seu dono,também queria falecer.
Noite de solidão,
está triste o sertão,
dificil de escrever.
Os pássaros em silêncio,e a mata tão quieta,
tristeza profunda no sepultamento do poeta,
sentí ser o último ser humano, fim do mundo.
A solidão e a agonia, isso e tudo o que me resta,
nada me anima, nem a natureza nem a floresta,
sinto morrer, demora tanto a passar cada segundo.
Olhando o seu ranchinho,
sento, chorando baixinho,
numa tristeza me afundo.
Pensando, mudarei tambem, quero morar aqui,
cuidarei de seu cão, e lerei o que ainda não lí,
habitarei seu rancho, aqui no vale do submundo.
Terá um habitante,
esse lugar tão distante,
aqui no rancho fundo.