MINHA GARGANTA TRANCA
(Ps/475)
Minha garganta tranca
Na angústia das horas, meus nervos
Travam o coração para dentro de um caixote
E o mundo, lá fora, gira na fúria dos mares!
Quero a liberdade que meu corpo exige
Para a sensação, do único, transborde emoções!
Quero a chave da porta e me perder na paisagem
Esquecer da dor, provar mistérios e sentidos, fluidos!
Quero a realização dos sonhos nos versos e na vida
Quero viver o chão do imaginário e do real, silencioso,
Quero e preciso tornar-me coisa do mundo, fuida e química,
Liga de uma paixão que deveras total desconheço,
Quero a aventura dentro dos meus medos, regrados,
Quero fugir do frio que me flagela os ossos, retesando músculos.
O mar, Ah! Mar, lume que me acolhe a alma, diuturnamente,
Destino das minhas manhãs, sopro fundo para as noites insones
Sempre aqui, ao lado meu, num soluço abafado, as ondas
Vagam como meus pensamentos, envolvendo-me o coração!
Agito da consciência humana, no solo da angústia, faz doer,
Hipnotizar e transportar ao universo o querer da vida, a pedra,
E a alma sonha o sentimento do poeta, que caminha disperso!
Uma saudade obtusa me toca e na noite esqueço-me de mim
Como o rio na desembocadura ao mar, seu leito materno ao fim,
No encontro liquidificado, transparente, dançando à funda imensidão.
A flor, que o momento colhe, cheira sol, estação outonal da consciência
Do poeta que extravasa, lúcido, na real ânsia da imaginação e da vida!
(Ps/475)
Minha garganta tranca
Na angústia das horas, meus nervos
Travam o coração para dentro de um caixote
E o mundo, lá fora, gira na fúria dos mares!
Quero a liberdade que meu corpo exige
Para a sensação, do único, transborde emoções!
Quero a chave da porta e me perder na paisagem
Esquecer da dor, provar mistérios e sentidos, fluidos!
Quero a realização dos sonhos nos versos e na vida
Quero viver o chão do imaginário e do real, silencioso,
Quero e preciso tornar-me coisa do mundo, fuida e química,
Liga de uma paixão que deveras total desconheço,
Quero a aventura dentro dos meus medos, regrados,
Quero fugir do frio que me flagela os ossos, retesando músculos.
O mar, Ah! Mar, lume que me acolhe a alma, diuturnamente,
Destino das minhas manhãs, sopro fundo para as noites insones
Sempre aqui, ao lado meu, num soluço abafado, as ondas
Vagam como meus pensamentos, envolvendo-me o coração!
Agito da consciência humana, no solo da angústia, faz doer,
Hipnotizar e transportar ao universo o querer da vida, a pedra,
E a alma sonha o sentimento do poeta, que caminha disperso!
Uma saudade obtusa me toca e na noite esqueço-me de mim
Como o rio na desembocadura ao mar, seu leito materno ao fim,
No encontro liquidificado, transparente, dançando à funda imensidão.
A flor, que o momento colhe, cheira sol, estação outonal da consciência
Do poeta que extravasa, lúcido, na real ânsia da imaginação e da vida!