LINHAS SEM VIDA

Eu canto o pranto porque ele existe
e por mim, eu nada teria
além de fragmentos de dor
estes, anestesiados
na minha alma:
- indolor.

Eu canto a tristeza porque ela existe
sou poetisa de lamentos
componho soluços incoerentes
que só a minha alma dita:
- e entende.

E se eu não cantasse tanto o pranto
eu, poetisa, nada seria
pois é do pranto que retiro
estas linhas amareladas:
- sem vida.

- Francielly Fernandes
- 16/05/2019
Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 16/05/2019
Reeditado em 17/06/2020
Código do texto: T6648905
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