A Esperança
A esperança
A esperança
Era uma menina distraída
Que ela trazia em um balanço
Que pendia da ponta do dedo.
Se a noite escurecesse demais,
Ela a observava,
Agoniada,
Numa tentativa
De espantar o medo.
Abria a janela,
Olhava as vielas vazias
Das respostas que queria.
Um gato de rua miava,
Acordando o luar,
Encomendando o dia.
Ah, solidão enviesada,
Tristeza aprumada
Que ela mesma escolhia!
Enquanto a esperança balançava
Na ponta do dedo,
Disfarçando o medo,
Ela mal sorria...