HERANÇA

Na base do sono

Não sei se abraço ou abandono

Tudo aquilo que me faça

Bem ou mal mas rechaça

O fragmentado

Que reviva

A inconstante chama sempre ativa

Da imortalidade essencial

De tudo que é aleatoriamente moral

E claramente final

Ou inicial de qualquer coisa

Fundamental, atual ou experimental

Mas sempre algo que repousa

Poderia eu levantar voo

Como a sublime mariposa?

Será a realidade assim tão ardida

A ponto de me legar essa herança

Sem possibilidade de festança

Sem nenhuma consolação bendita

Mas somente uma tristeza inaudita?

Hugo Morais (josé urias)
Enviado por Hugo Morais (josé urias) em 06/05/2019
Código do texto: T6640605
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