Agonia

Despeço-me de ti como se despedisse, da vida.

Com uma dor enorme na alma,

que sangra em ferida.

E um soluço preso na garganta,

que de dor quase grita.

Não posso mais te contar dos meus sonhos, contigo

nem dizer-te das coisas dos meus dias, indecisos.

Despeço-me de ti como o sol

que despede-se da lua, que longe brilha,

que atravessou com ele o céu azul, bonito.

E na despedida, vejo-o sorrindo, tranquilo

esse sorriso doce, ainda de menino.

Que tantas vezes fez meus olhos brilharem, serenos,

mas hoje deixa-os aos prantos, sofrendo.

Com a alma dilacerada, morrendo.

Despeço-me da tua vida, de tudo!

Para quem sabe agora tu vivas, tranquilo,

sem o fardo de minha paixão, te querendo.

Pois já não quero ser tua ilusão, teu medo.

Devolvo-te a tua vida e vou embora, SOFRENDO.

Flor de Cactos
Enviado por Flor de Cactos em 02/05/2019
Código do texto: T6637622
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