Agonia
Despeço-me de ti como se despedisse, da vida.
Com uma dor enorme na alma,
que sangra em ferida.
E um soluço preso na garganta,
que de dor quase grita.
Não posso mais te contar dos meus sonhos, contigo
nem dizer-te das coisas dos meus dias, indecisos.
Despeço-me de ti como o sol
que despede-se da lua, que longe brilha,
que atravessou com ele o céu azul, bonito.
E na despedida, vejo-o sorrindo, tranquilo
esse sorriso doce, ainda de menino.
Que tantas vezes fez meus olhos brilharem, serenos,
mas hoje deixa-os aos prantos, sofrendo.
Com a alma dilacerada, morrendo.
Despeço-me da tua vida, de tudo!
Para quem sabe agora tu vivas, tranquilo,
sem o fardo de minha paixão, te querendo.
Pois já não quero ser tua ilusão, teu medo.
Devolvo-te a tua vida e vou embora, SOFRENDO.