Maria de tantas rosas
O tom das rosas sobressaía aos crisântemos
E as velas sustentadas por horas de tristeza
Vigiaram tantas faces rumando as incertezas
E pela dor intragável, insustentável; oremos...
Enquanto as palavras sentidas e sussurradas
Se perdiam entre risos disformes e tão frios
Paredes brancas e tecidos azuis; penduradas
Lâmpadas clarearam a noite e seus arrepios
Pelo gelo da madrugada de abril; um resto
De horas antecipando a saudade, e o imóvel
É matéria que já foi viva; alegria incontável
E sou um caquinho de gente, se manifesto...
Palavras encharcadas de tristeza, peço perdão
É Maria que trazia José, e um bondoso coração
Que feito rosa colhida, perfumou com saudade
Cada verso de tua vida feito com sensibilidade.
*Vai com Deus, Maria José, que era forte como uma rocha, e doce como uma lima.