A Negra Esfera
Na sala vazia está o Carmesim
Perdido e sem rumo, o coração,
Sendo devorado pelo atroz estopim,
O impiedoso e perverso dragão.
Das mordidas dolorosas e silenciosas
Se alimenta o monstro da infelicidade,
De dores e feridas morosas
Segue o Carmesim sem liberdade.
O perene coração chora,
Chora por sua morte,
Porém o Dragão o devora,
Sádico e inerte.