Homenagem a minha mãe
Todos os dias te choro, mãe.
E um dia. Silenciosa partiu.
O seu olhar no meu me enternecia
As suas mãos ás minhas enlaçadas.
Apertadas
Leves macias e frias.
Olhos lindos, húmidos e tristes.
Olhar magoado
Mas sorria para mim
O seu amor falava.
Depois….adormeceu… E nunca mais acordou.
E sem um queixume, sua alma partiu.
No silêncio daquele quarto.
Apenas eu…de olhos abertos, espantados
Queda…surpreendida
Um grito tormentoso saiu de mim
Da minha alma estonteada,
que nem uma lágrima verteu.
Apenas algo se partiu dentro de mim.
que nunca mais se consertou
E nesse dia, perdida, atordoada, ferida, magoada
Fiquei sem pedaço de vida.
A chaga abriu e nunca mais fechou.
E nunca mais o caminho,
para a minha alma sossegar, encontrei.
Nesse dia perdi-te mãe…Nesse dia não chorei
Não me perguntem porquê, não sei.
Agora choro-te todos os dias.
De T,ta
21-09-07
14;42 h/m