ONDE ESTÁS Ó MANING NICE? ONDE ESTÁS?
Aaaaaaaah!
Ouviu-se grito
Era um povo aflito
Sem norte,
Sem chão
Partiram-nos o coração
Os manos do Índico inundados foram,
As águas formadas ciclones invadiram
Lá estava o miúdo da marrabenta
Lá estava a mãe que aspergiu agua benta
Tudo se foi,
Tudo se perdeu
Das paredes sobejam no chão os tijolos
Das cabeças, neorónios
Da alma, a apagada ilusão
A língua do Camões ficou,
Para que serve a língua agora?
Ouvem-se gritos lá fora
Dizimou-se a morte,
Do sul ao norte,
Nada maning nice.
Olhe a intemperança da natureza
Atraiu os corpos e não os soltou
Chora África,
Chora mundo
Lágrimas cavam sulco fundo,
Sulco fundo de dor e não de alegria
Pois...
Bombeiros e barqueiros ao vale se lançaram
Somente a dor e o terror encontraram
O negro que comombri os visitou
De nada os resta, sequer pedacinho de céu.
Povo santo
Que aos córregos em sono eterno serpenteiam
Ao Pai olhades
Há luzes que se formam,
Há mãos que se unem
Para juntos tua alegria, ainda que opulenta, devolver.