QUEM SABE?

Andar... andar... andar...
Por intermináveis horas,
Não chegar a nenhum lugar,
Brincar com a luz da aurora.

Não ser eu, ser de tudo um pouco,
Que há em torno do olhar amante,
Me apropriar do vocábulo louco.

Fazer com um sonho, uma parceria,
Poética travessia - quem sabe outro dia?

Hoje a realidade arde, é dominante.