Castigo.
Eu matei tudo em que tinha sentido
Beijei a face de Cristo,vendi a minha alma por uns trocados
Acreditei que um dia,talvez,o mundo poderia ser um lugar melhor
desde que eu faça tal e tal coisa.
Eu vi os poetas de Manson em seus devaneios
Enquanto o mundo tocava a mesma canção de sempre,com o mesmo andamento
Chorei com a ultima valsa dos amantes de Paris,enquanto ele ainda estava ausente
esperando um aviso final.
Eu corri de medo enquanto vi as faces de Moloch
Misturei os beijos de Deus com os aromas do Diabo,tentando por fim ser qualquer coisa
Eu me misturei com os ratos,em prol de achar uma luz no meio da escuridão
desde que isso não tivesse um fim previsto...
Mas que imprevisto é a previsão das Moiras
Vejo que a face de Édipo já mostra a esperança tardia que é viver.
A tragédia dos vermes
A janela ,com a sua metamorfose
E a depressão de esperar algo que nunca vai chegar.
E agora,ouço os cantos das sirenes
O seu caderno negro esta quase fechando
Dostoiévski já me submeteu
mas nada sobre mim será lançado.
O meu nome
assim como o meu rosto
Será esquecido,fodido,moldurado para o nada
e o castigo sempre se consistiu.
E é apenas o castigo
que faz com que eu acredite
que tudo é ETERNO.