Castigo.

Eu matei tudo em que tinha sentido

Beijei a face de Cristo,vendi a minha alma por uns trocados

Acreditei que um dia,talvez,o mundo poderia ser um lugar melhor

desde que eu faça tal e tal coisa.

Eu vi os poetas de Manson em seus devaneios

Enquanto o mundo tocava a mesma canção de sempre,com o mesmo andamento

Chorei com a ultima valsa dos amantes de Paris,enquanto ele ainda estava ausente

esperando um aviso final.

Eu corri de medo enquanto vi as faces de Moloch

Misturei os beijos de Deus com os aromas do Diabo,tentando por fim ser qualquer coisa

Eu me misturei com os ratos,em prol de achar uma luz no meio da escuridão

desde que isso não tivesse um fim previsto...

Mas que imprevisto é a previsão das Moiras

Vejo que a face de Édipo já mostra a esperança tardia que é viver.

A tragédia dos vermes

A janela ,com a sua metamorfose

E a depressão de esperar algo que nunca vai chegar.

E agora,ouço os cantos das sirenes

O seu caderno negro esta quase fechando

Dostoiévski já me submeteu

mas nada sobre mim será lançado.

O meu nome

assim como o meu rosto

Será esquecido,fodido,moldurado para o nada

e o castigo sempre se consistiu.

E é apenas o castigo

que faz com que eu acredite

que tudo é ETERNO.

CaiqueM
Enviado por CaiqueM em 22/04/2019
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