O PENHASCO
Do alto do penhasco salto.
Corpo embebido em ventos de queda.
Caio sem sequer olhar o alto.
Corpo dilacerado pelas pedras.
Vento sopra uivante sobre a charneca.
Já não me preocupa o bater do cuco.
Traças devoram diplomas e becas.
Foi-se para o espaço o maluco !
Vereda irônica atrai, não há flores,
Há somente o propalar das dores.
A alma sangra ante o corpo decomposto.
Sou ,agora, enfim, homem sem rosto.