À Lágrima que chora
À lágrima que chora
Escorre à lágrima na face em dor
Silvo da minha alma que se apequena
Na solidão que em silêncio à aprisionou
Que construí aquela gotícula amarga
Será que existem muitos sentimentos ?
Feridas velhas ora de momento ?
Será que é à presença da ausência do amor que ficou ?
Lágrima que chora em silêncio por tudo que restou
Tira-me algo, daquilo tanto em mim se encontrou
Uma chaga fétida não Sara vira e mexe,
Rasgo à mesma pra não sentir dor !
Lágrima que chora quem nesse universo te inventou ?
Fico à ponderar no silêncio de meus soluços
Tu pertencentes aos olhos de quem fugiu
Talvez à algum sentimento de momento
Ou à um ser que à magoar alguém te gerou
Tu é como à imagem pintada à mão com pincel
Será à tradução do sentir para à tela ?
Será à dança livre do pincel ?
Será à essência pura à gritar da alma do pintor ?
Única certeza lágrima que chora que não me pertences
Porque dos meus olhos me deixou !
Ricardo do Lago Matos