Rasgos
Era um sentimento de parir o mundo
De rasgar o ócio, o asfalto inteiro
Aos pedaços
De um eu não aguento mais
De um não vai dar tempo de dizer tudo
De transgredir a si mesmo, às próprias carnes mortas
De um vomito cancerígeno
Com doses de sangue suicida
Apenas precisava dizer que
Hoje o sol nasceu triste
E ao meio dia, sem almoço, tem nirvana
Mas se
se precisar que eu prometa
Pra vir a ser
Então eu prometo
Vem
Nada até mim, tire a relva dos pés
Se o ato de falhar o nado quiser viver, mata-o
É tu. Não o objeto, não o sol
Não o nada
É tu dentro e fora.
Lê-se agora de baixo pra cima.