Penumbra
Arreios malditos de um hesitar
Ante a loucura que emana meu ser,
Cravam em mim seu parecer
De pensamentos envoltos em amargura.
Solidão crônica,
Vagando em busca de calor,
Sensação homônima
De um grande vazio de dor.
Pensamentos suicídas,
Assolam-me como se fossem penitência,
Antigas feridas
Que já nem sei se são entornos de uma aparência.
Vidas que tive,
Sem ao menos as ter vivido,
Ganhos que obtive
Agora são memórias de um dia lívido.
Liberdade aos pensamentos cativos,
Essa escuridão tão umbra,
Os imperativos
Dessa insana penumbra.
Vejo o caminho ermo,
Porém ainda queima uma fagulha em meu coração
Entre retrocessos e meio termo
O acaso assim reserva, uma bonança que não será em vão.