Nada
Vivo indefinido
Não sei o que quero
E nada garante
Que um dia saiba
Talvez me falte dormir
Ou aprender a repousar
A meditação exaustiva
A desvontade de se amar
Eu deveria sorrir mais
Sem esconder lamentações
E deixar para depois
As decisões da morte
Sei o que sou
Folha branca sem escrita
Sem imagem, sem cor
Tão incompleto por dentro
Já sei o que quero
Só não tenho certeza
Tão incompleto por dentro
Mesmo sem faltar amor
Peço perdão a mim mesmo
Pela agonia ambulante
Já esqueci o que quero
Ainda há pouco eu sabia
Mudo de cor como o Cacimbo
Minuto a minuto
Sem preocupações
Sem planos, sigo adulto
Realizações
Não me dão informação
O futuro ficou para trás
O caminho é para frente
De repente eu já não sei
Tampouco o que sinto
Nada me define
Melhor do que nada.