SORRISO DA DOR
Meu sorriso sem graça
Disfarça, alma a sangrar
Minha fortaleza é fraca
Minada de tanto chorar.
O sol que raiava em mim
Se pôs e não mais voltou
Num vil tempo sem fim
Que meu relogio quebrou.
Nas mãos nem a lembrança
Que entre dedos escorreu
Estremeceu-se a esperança
De um bom dia que morreu.
As cores perderam sentido
Empalidecidas, escuridão
Num bater incerto, perdido
Disso em mim, o coração.