NAVIOS (tráfico de mulheres)

(Uma tragédia que jamais deverá ser perdoada)

As horas se passam lentamente

Eu me encontro nestas vagas frias

Sinto agora que estou somente

Com minha pobre alma vazia

Jaz de mim solitariamente

A única esperança que dormia

Meus pensamentos vagamente

Alimentando de minha agonia

Mar revolto estridente

De vagas solitárias e tristes

Navios que zarpam independentes

Do que dentro deles existem

Dentro leva corações que friamente

Ficarem na sua terra persistem

Mas com o fator escravidão

Seus sofrimentos ainda consistem

Mulheres escravas da ganância

Como um animal dominado

Que sua amarga sorte se lança

Pra outros países são levadas

Seus valores quais suas ânsias

Por eles não são respeitados

O homem como ponta de lança

Retroagindo ao seu antigo passado

Pobres almas, estas mulheres aflitas

Que sonham por certa dignidade

Pelas suas sortes malditas

Foram lançadas na crueldade

Pelo animal ( homem) que tanto grita

Devorando sua preciosa moralidade

Mesmo assim em Deus acredita

Numa possível tal liberdade.

Charlis
Enviado por Charlis em 13/02/2019
Código do texto: T6573477
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