CICATRIZES
CICATRIZES...
(ÀS CRIANÇAS DO CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO)
A chuva tudo varre
Como um pranto que se acordou mais cedo
São as lágrimas dos corações
Sonhos desfeitos em espiral
Ilusões que fogem
E mesmo que tente acorrentá-las
Elas se desmancham nos campos
Ah! Cicatrizes insanas e incalculáveis
Que instalam-se nas profundezas
E ecoam bradando como trovão
Lágrimas correm
Feito um maciço carcomido de tristeza
Almas que ainda vagam
Desalojadas e vagando
No caos da madrugada
Que ainda se despia na noite
Ouço vozes que varam a janela
Entrelaçam-se pelas frestas
São prantos de dor
Meus olhos choram...
MARINA BARREIROS MOTA
ALTO-ACADEMIA DE LETRAS DE TEÓFILO OTONI
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Interação do poeta Olavo. Muito grata poeta!
ESSAS VIDAS NOVAS DIZIMADAS,
TERÃO CICATRIZES ETERNAS,
EM MUITAS FAMÍLIAS AMADAS,
MARCADAS NAS SUAS CASAS PATERNAS.
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