TRISTE BUSCA

(Sócrates Di Lima)

Busquei-te nos meus pensamentos,

E não mais te encontrei,

Deixei-te um bilhete com meus sentimentos,

Mas, nada de ti recebi, então chorei!

Novamente busquei-te na minha imaginação,

Como quem, encontrar-te vá!

Mas na mais inocente ilusão,

Tu não estavas lá.

Triste busca...

Nos cantos do meu coração,

Tua ausência ofusca,

Toda a minha emoção.

Entraste na minha vida,

Como um incontrolável furacão,

Foste assim, tão atrevida,

Roubaste sem dó o meu coração.

Pobre de mim...

Entrei de cabeça nessa paixão,

Mas, enfim,

Troquei a razão pela emoção.

Triste busca Senhora...

Pelas páginas que não tinha escrito,

Sem tempo e sem hora,

Fiz-me Dom Quixote de La Mancha!

como Sancho Pança,

Um cavaleiro andante.

Tantas lutas nesta vida eu cravei,

Mas, nunca com gigantes moinhos,

Porém, com os amores que de certo amei,

Imagináveis senhoras me deixaram sozinho.

Triste sina!

Para um intrépido poeta amante,

Mas, a vida " braba" ensina,

Que a tristeza é mera coadjuvante.

E como um cavaleiro andante,

Por tantos corações amantes,

Triste é a certeza constante,

De que a paixão é navalha cortante.

E por amar na condição platônica,

É a mais triste lacuna da alma nua,

É saber que um dia a solidão amanhece irônica,

Na triste busca de uma resposta tua!

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 07/02/2019
Reeditado em 08/02/2019
Código do texto: T6569379
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