Brumadinho, Meus Pêsames
Brumadinho como é triste esse meu escrever!...
Segurei o pranto, lutava pra não chorar.
Fiz preces para os que estavam a sobrevier
E também rezei pelos que vieram a desencarnar.
Acordava no meio da noite, o lamaçal a rever,
E sofria com os esperançosos de seus entes voltar,
Mas, hoje, eu choro, meu pranto não pude conter.
Minas Gerais nunca mais a mesma vai ser,
Brumadinho terá seus mortos para recordar ,
Todos que não puderam ver o anoitecer
Estarão em livros, com páginas de fazer chorar,
Uma desdita que o Brasil não vai esquecer,
Lágrima pela tragédia de Mariana ainda a rolar ,
E vem o vale da morte pela Vale a nos entristecer.
Que sabemos da vida, como iremos passar?
A vida é uma passagem, sempre estaremos a viver,
Sei, Allan Kardec nos disse, Jesus veio nos mostrar,
Deus nos trouxe para esse mundo para crescer,
Amar e evoluir nas ações do bem e do amar,
Humanos que somos, amamos o viver,
Uma tragédia desse tamanho, nem dá pra acreditar.
Parece pesadelo para os familiares – que dizer?
Mudar não podem, tudo é real, vão se acostumar...
O Tempo seca o pranto, a fé é para suster...
De certo, é que um dia todos irão se reencontrar,
No mais, ser forte e mergulhar no amor e viver.
Parece paradoxo, amar e viver, se estão a chorar,
Nada , nada pode nesse momento a tristeza deter.
É uma dor que parece que não vai passar ,
Só quem perdeu um ente querido pode entender,
Mas, acreditem! Credes! Todos irão se reencontrar,
Os ditames de Deus são enigmas para o nosso entender,
Nem sempre nós podemos os decifrar,
A morte é mistério, por isso no amor vamos viver,
Brumadinho, meus pêsames – dá licença, vou chorar.
Rosa Ambiance