" Paraopeba "

" Paraopeba "

Sujaram o rio de vermelho

Paraopeba morreu,

turvou, não faz mais espelho.

Mataram seus peixes,

a ganância do homem fez veneno.

Pescador se entristeceu

Seu barco furou, afundou,

a lama levou...

ah meu Deus quanta dor.

A noite, a lua chora

não ouve a viola,

nem vê mais o sapo

encantador.

Vai ter pernilongo lá fora

Zika Mosquito infestador

Chicugunha que aflora

epidemia, causa pavor.

Dengue que devora

Ribeirinho trabalhador,

mas bem que poderia agora

picar também

o homem predador.

Nilton Cabeça.