Labirinto próprio

Se perder num labirinto confuso.

Se omitir, tendo medo contestável.

Preso em uma parede de ferro,

Cujo ferro é natural

E não concreto.

O pensamento, quase um tormento.

Medo de fracassar.

Parecer confuso e desigual.

Dor muito mais psicológica,

Do que física,

Essa tal angústia interior.

Insegurança que domina.

Temer a reação do próximo,

Ao se exceder.

Porém, qual o maior juiz,

Se não o auto-crítico?

Que nos libertemos dessa prisão.

Quebremos o frágil cristal que nos limita.

E nos exclui do mundo exterior.

Não mais seremos escravos da alma.

Não.

Não é preciso uma estátua de cimento,

Homenageando nossa partida.

Devemos ser lembrados enquanto vivos.

Por termos agido,

E não apenas descansado.

Elizabeth Eifert
Enviado por Elizabeth Eifert em 26/01/2019
Reeditado em 26/04/2023
Código do texto: T6559567
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