Labirinto próprio
Se perder num labirinto confuso.
Se omitir, tendo medo contestável.
Preso em uma parede de ferro,
Cujo ferro é natural
E não concreto.
O pensamento, quase um tormento.
Medo de fracassar.
Parecer confuso e desigual.
Dor muito mais psicológica,
Do que física,
Essa tal angústia interior.
Insegurança que domina.
Temer a reação do próximo,
Ao se exceder.
Porém, qual o maior juiz,
Se não o auto-crítico?
Que nos libertemos dessa prisão.
Quebremos o frágil cristal que nos limita.
E nos exclui do mundo exterior.
Não mais seremos escravos da alma.
Não.
Não é preciso uma estátua de cimento,
Homenageando nossa partida.
Devemos ser lembrados enquanto vivos.
Por termos agido,
E não apenas descansado.