SER IGNÓBIL

Ignóbil ser, infame atroz

Seu coração é terra que não gera flor

Maldito és tu, ó alma pregressa

Serpente sagaz, destruidor de sonhos

Vil traiçoeiro pelos becos escuros

Por de trás dos muros vive a maquinar

Malinês noturna, mordaz vagabundo

Quem és tu tão baixo que não sabe amar?

Diga-me, quem és tu, ó ser lastimável

Que derrete os pobres corações inocentes?

Chega de repente com sorriso doce

Suave qual serpente quando quer picar.

Rasteja no chão, ser tão desprezível

És dragão alado quando quer voar

Maldito infeliz, vai com o teu veneno

Distante daqui para outro lugar.

JOEL MARINHO