A PORTA
Cadê a minha porta?
Meu ódio fumega nas narinas
Sentado em frente ao escuro
Ensurdecido ao som do silêncio
Imaginando o que ser na existência
Admirando a pálida face
O pincel corre frouxo e desgovernado
Em várias cores e figuras
E tantos acham que sentem, que sabem,
que vivem, que realizam
Simplesmente confortam-se no que conseguem comprar
O sangue aduba o chão
Flores de ódio exalam o destino
A terra molhada é a nossa mãe morta
Cavamos nossa cova profunda
Continuo as escuras
Sentado na poltrona do tempo
Ensurdecido ao Heavy Metal dos escapes
Procurando o sentido das portas