RUANDA:
Durma, com este silêncio!


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Que tenho eu,
Que possa dizer que sou melhor?

Dois olhos atentos e abertos,
Que graças a Deus me fazem bem enxergar?
Dois braços que revezam movimentos,
Que realizam trabalhos?
...e são estes..., que me alimentam e me sustentam,
Com a comida que justamente pude comprar?
Duas pernas que me transportam pra lá e pra cá!
Que buscam e levam meu corpo,
Cansado, suado e fraco para o justo descanso?
Num final de dia que á duras penas
...glória..., pude enfim terminar
Para no dia seguinte tudo se repetir
 (abençoada rotina)!

Uma boca sem mordaças, que fala?
...nem sempre o que deva de fato ser dito,
Numa certa hora e lugar,
Mas eu posso optar:
 Falar ou calar!

Um corpo que por vezes combalido
Encontrará uma cama quente;
Um colchão de molas;
Um cobertor impecável e macio; 

Um travesseiro que envolve minha cabeça;
...garante meu sono e olha só;
Posso meditar e até sonhar!
Mas não!
Embora por tudo isso

Rendendo graças á quem de direito
Isso não é totalmente justo e humano;
Tenho que fazer mais!
Preciso ser melhor!
Preciso ser de fato, gente!

Preciso me revoltar!
...não compactuar com esse silêncio!
Olhando para a ponta dos meus pés,
Ou disfarçando, ...para o alto, vislumbrando o nada!
Como se não fosse comigo...!


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