O açúcar transformou em sal 431

Durante um tempo tivemos fases

Fases essas que oscilavam

Bom e ruim diria.

Mas se fosse para definir em etapas

Diria que você foi um casulo

Onde o escuro e o fechado era o suficiente

Para completar o seu dia.

E eu…

A outra etapa da evolução!!

Uma borboleta linda

Que gostava de admirar o dia

Os segundos

E os instantes.

Simplificando em sua síntese

Com o primeiro e o último passo

Faltou dar as mãos

E seguir na mesma direcao

Com orientação no exato

No concreto

Especializando e, enfim completando o que faltava.

Sentia falta de olhares

Dê carinho

De cuidado!!!

Pois você no seu casulo

Não soube me abraçar

Para juntos sentir a mesma brisa.

Talvez assuntos importantes

Não faziam sentido

Para o meu entendimento

E o que fazia sentido

Não tinha tanta importância para ti.

A comunicação não fluía

Pois certos atos se escondiam

Ou não queriam aparecer.

Você era o rio brando

Onde observava cada segundo

E nesse percurso

Não falava aonde a água ia chegar.

Se tinha flores ou troncos

Nesse percurso

Eu não sabia.

Sendo assim

Não tinha como deixar espaço para simples pétalas

Ou um vasto espaço para os galhos.

Eu apenas queria saber a sua extensão

E me preparar

Mas ficava com por que

Sem respostas.

Assim fui me tornando um mar

Agressivo

Sem me importar com a velocidade

Tornando se intenso

Batendo sem me preocupar com a força da onda.

Foi assim que a doçura e sutileza

Foi decaindo aos poucos

Transformando o açúcar em sal.

Mas hoje vejo

Que tentei

Mudei

E essa mudança não foi nem dez porcento

Do meu esforço.

Mas de olhos fechados

Tento imaginar

Como seria

Se fôssemos diferentes.

E esse encontro

Pudesse tocar a minha alma

Como o primeiro dia que te conheci!

Evelyn Ribeiro
Enviado por Evelyn Ribeiro em 10/01/2019
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