Rua Felipe (Conversas Comigo)
Rua Felipe (Conversas Comigo)
Parte 4
Guardo em mim um silêncio imaturo e se pressionado à esmurros, tendo a gritar. Eu não consigo conter minhas lágrimas nesse curto espaço que outrora chamei de lar. Fecho os olhos, o coração aperta e revivo mil e muitas cenas que nem posso contar. Sempre que volto, ela está tão viva e plena que a saudade sem pena me deixa a penar.
É quando as ruas se cruzam sem nomes, alimentam meu sonho de reencontrar. Toda dor parece pequena se zelo a esperança de um dia chegar lá, muito embora meus erros diários me assombre com o medo de fracassar. Eu deito e paro no tempo e enquanto há tempo insisto no acertar.
Vejo a porta e depois dela há uma razão pelo qual eu não posso titubear.
Se eu somente tivesse a chance de em meio às minhas nuances, ser percebido sem sequer falar e das minhas agonias enxergasse um sentido que fosse tão concreto para me mudar e aqui desejando ver o mar, ouvir o o som das ondas, em esbravejo, ou serenidade só para me acalmar, peço a Deus que me traga coragem e com justiça me esquadrinhe para eu não desviar de chegar ao fim da estrada e então encontrar uma nova jornada para o eterno lar.
Victor Cunha