Rua Felipe (Oscilações)
Rua Felipe (Oscilações)
- Parte 3 -
Pensei que iria manter um ritmo mensal para esses textos, entretanto abro exceção para expor os últimos momentos, cheios de risos e lamentos e no fundo um temor de que isso jamais vai me deixar chegar ao equilíbrio, pois a força que me sobrou é pouca demais e no demais a gasto para me manter de pé.
Muita gente em redor e eu estava acuado, pensamentos opressores me obrigando a enxergar a escuridão. Não estava confortável e a soma não batia e era onde o eu mais sofria, vendo o tempo desfavorável.
Se eu tão somente pudesse, mas uma nova triste cena é gravada em minha mente, cada qual com sua gente e eu só por mim estar.
Cada instante um novo semblante aparece e eu evito demonstrar quão quebrado eu estou. Dou minhas altas gargalhadas, falo coisas insensatas, sinto a vida uma piada quando o extremo nos surpreende com ações que evitamos ate cogitar!
Tento não baixar a cabeça e evitar a fraqueza que sinto todos os dias, como se eu não tivesse mais um mundo saudável e dentro de mim, meu lar. É estranho não se sentir parte de algo, de alguém, vê-se só num mundo tão cheio de gente. Dentro de mim o que posso guardar é saber que pertenci ao amor e que hoje, não o tenho mais igual. O verdadeiro amor está na Rua Felipe, lugar onde eu jamais passei, mas já ouvi muito falar!
Victor Cunha