Desespero

Aquele desespero que vem

Sem saber de onde

Nem intenção de parar

Sozinho, eu hei de enfrentar

Um vulcão em erupção, na garganta

Uma nuvem de tempestade, no peito

Um tornado de emoções, no silêncio por dentro

E por fora, para todos parece normal

Um jeito que a mente achou para se proteger

Um erro na programação, que transformou

O estado de alerta

Em depressão

E quem vai saber se eu não contar?

E se tudo estiver próximo do fim?

Não há ninguém pra estender a mão

Eles dizem que sim, mas a gente sabe que não