Mordaçando-me
A dor que outrora senti
caleja!
atiram-me pedras!
pra não sentir-me feliz
desbravando o que ha dentro distante
porque dentro de mim há agua
vibrante e perene às vezes
desbravando dentre as fendas feridas
sangrando que nem choro de criança
Pálido ar respiro e respiras
porque sentes o que sinto amordaçar
baqueando as idéias ousadas
a correr sem destino e alma.
Vê, destino, o que me guardaste!
pés frios, descalços, galgando ao vento e chuvas
de devaneios e mentiras , doenças e falsas alegrias
A felicidade, lux no horizonte
Saber que existe lhe consagra feliz
não conquistando-a por completo
Deseje-me sorte!
A mordaça está ficando mais firme
sem sentimentos pra sentir a cada dia
Apenas pedaços de carne morta
realizando o vício banal que alucina
o verdadeiro sentido de viver