O miserável e perdido poeta
Poetas como eu já nascem malditos!
Vivem pouco, em ruínas, devido à solidão!
Se afastam, quando magoam ou decepcionam...
mergulhando para o frio perpétuo da escuridão.
Acostumado eu estou a caminhar sozinho,
na calada noite de um luar exótico.
Um céu lúgubre, emanando tristeza...
eis o moribundo das trevas entre os mortos.
Desistiu do amor, abandonou à esperança!
Ficou de luto eterno, alimentando vingança.
Diante seu túmulo, ele prometeu não chorar...
e sem perceber uma lágrima veio a despertar.
Dentre tantos erros, o arrependimento de um sagaz...
que abominou o amor e destruiu sua humanidade!
Minha vontade era de me silenciar, apagar, morrer...
e meus erros e acertos com tempo, tudo a se esquecer!!!
Mas ele é um covarde que tem medo do desconhecido...
funesto, infame e profano, um humano corrompido!
Vivendo ele vai estar, até o momento de seu luto...
pobre desesperado, um desgarrado sem futuro!!!