A ESTÓRIA DAQUELA ROSA
Imagine que você plantou uma rosa; esperou que ela brotasse; a cultivou; acompanhou carinhoso e ansioso o seu desabrochar. Criou expectativas e sorriu a cada dia com o seu desenvolver. Houve dia de sol, você a irrigou. Houve dia de muita chuva e você a cobriu; a protegeu; em alguns dias irritou-se, pois, como toda rosa, ela demandava cuidados especiais, e, por vezes, você até tirou água do seu copo para hidratá-la. Ela te fez sorrir quando nada mais conseguia; te fez sofrer quando ninguém mais poderia. Num dia de outono, crente na sua plenitude, você acordou, correu para o jardim e ela não estava. Em vão, olhou ao redor por minutos, coçou a cabeça, franziu a testa... ela não estava. Foi difícil decidir o que doía mais: se era a falta da rosa ou a falta de explicação. Será que foi o carteiro, o vizinho invejoso, os gafanhotos ou o vento forte que lhe havia arrancado aquela flor tão amada? Não havia resposta. Se, ao menos, pudesse saber o porquê, a história, então, teria um fim... e, quem sabe um dia, você então aceitaria e plantaria outra rosa...