Por não entenderem quem sou
Por não entenderem que sou uma flor
Jogam as minhas pétalas no chão
Por não entenderem quem sou
Pisam, amassam, arrancam-me sem compreensão
Por não entenderem
Me tratam com ignorância, grosseria
Me despedaçam, me amassam e me deixam encolhida
Por não me olharem como uma flor
Sou dada sem importância
O valor que há em mim, não se vê nos olhos de uma criança
Por não me tratarem com amor
Sou recolhida antes da hora
Jogada no ar, imersa agora
Em qualquer outro lugar
Do mundo lá fora
Por não entenderem que sou uma flor
Foi-se deixando o apreço
Por eu ser delicada, me torcem do avesso
Me moendo, tirando proveito de mim
De minha doçura e bondade sem fim
Por não entenderem quem eu sou
Hoje me vejo amargurada
Sorrisos já não tão sinceros
Olhares se tornaram tão dispersos
Arrependida e tão ferida
Por não entenderem que sou uma flor