O CARRETÃO DE BOIS

Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]

Escuto ecoar, no fundo daquele grotão

Um ruído, que a tempos já não escutava

É o som dolente, de um velho carretão

Que na minha infância, tanto encantava

Hoje, ele transporta, em seu lento caminhar

Uma carga preciosa... sem muita velocidade

Com os passos lentos, dos bois a lhe puxar.

É algo, que há tempos, eu conservava na cidade

Esta carga, estava escondida, em meu coração

E vivia atrapalhando, minha sonhada felicidade

E hoje, enfim, a coloquei, neste velho carretão

Que assim, vai lentamente, levando esta saudade

Saudade, que a tanto tempo, comigo carreguei

Saudade da minha infância, do sertão onde vivi

Da mocidade, já perdida, saudade de quem amei

Saudade, das flores da vida, que eu um dia colhi

Espero, que nunca mais você volte, comigo morar

Que deixe para sempre, o amor, entrar em meu coração

Mesmo que um dia, eu possa, até por você vir a chorar

Mas...saudade, vá para sempre,...em meu velho carretão...

Principe dos poemas e do amor
Enviado por Principe dos poemas e do amor em 13/09/2007
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