A impiedosa

Na fornalha do meu ser

Uma impiedosa lágrima bate à porta

Senta-se à mesa como uma convidada em grandeza

Como uma rainha - bela e vil, majestosa e cruel.

Lava meu rosto e molha minha alma

Conversa um pouco e impõe suas coroas como glórias e lanças

Come das delícias de minhas andanças

E rir da minha solidão.

Vai embora pela porta da rua

Leva as chaves e esconde meus sonhos

Abre cadeados, mas destrói meus potes

São todos de barro.

Não junto cacos

Não faz sentido

Recomeço...

Tudo outra vez.

Ricardo Leal (Ponta de Diamante)
Enviado por Ricardo Leal (Ponta de Diamante) em 25/11/2018
Código do texto: T6511210
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