Profano, Humano, Insano

Profano, humano,

sujeito à todo tipo de vertigem,

os tiros não-atirados me atingem

e eu não sei mais onde correr

canalha, safado,

nem sei qual o lado,

só sei que vou morrer...

Profano, insano,

vivendo sob o sol e sob a chuva,

quase derrapei na hora da curva,

às vezes nem tenho o que comer

fumante, cachaceiro,

quem manda aqui é o dinheiro,

é só questão de ter ou não ter...

Profano, humano,

fazendo alguns versos malfeitos,

todos nascemos sem os nossos direitos,

o choro e a chuva não se pode conter

safado, otário

o espelho é apenas o contrário

daquilo que podemos ver...

Profano, insano,

me deixem eu parar por aqui,

é tanto castelo que está por cair,

quem sabe algum dia se possa viver,

malandro, pilantra,

nada agora mais me espanta,

não me espanta nem viver...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 11/11/2018
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