BÁTEGAS

A noite cai como caem os fortes,

Há um aluvião de bátegas ao vidro,

É a chuva vinda lá do norte,

Não sei quando deveria ter crido.

Venta lá fora,

Chovem folhas,

Ramos secos se partem,

Pingam as primeiras gotas no telhado.

Ao abrigo de raios, me parto,

É costume ser assim tão frágil.

Sofro na sala, cozinha ou quarto,

É costume ser assim tão frágil.

Sofro na sala, cozinha ou quarto,

Preso ao eterno adágio.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 11/11/2018
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