Lágrimas
Nos olhos as lágrimas se recusam a secar
E vou tentando sem êxito minha alma silenciar
Há tanta dor entre as quimeras perdidas
Tantos ais rasgados na carne ardida
Tenho gritos contidos sob a porcelana
Vidros partidos nas entranhas
Tenho um mundo em mim revirado
Há gemidos dos meus antepassados
Tanta dor assim ecoa
E minha alma de si própria magoa
Ando nua vestida de meus algozes
Silente a lágrima nunca perdoa