Lágrimas de sangue!
Quão triste pode ser a ingratidão sentida por uma mãe
Quão triste pode ser o desprezo de um filho
Quando aquele ser que ela mais dedicou a vida
Se mostrar frio, calculoso e impiedoso
E teu coração dilacerado reclamar por justiça
Mostrará o amor que sempre fora duvidoso
Serás vítima de uma cruel injustiça
Serás infeliz, pois não obteve o amor
O amor deveras sonhado e por muito desejado
No qual o destino uma peça lhe pregou
Óh, minha amada mãe
Como sofro em te ver chorando pelo incessante clamor
Choras pela ingratidão e pela humilhação
Ao ver que todos pra ele têm valor
Exceto sua existência nesse mundo de horror
Ele esquece que foi você que lhe deu a vida
E vive os dias infeliz e a sentir tamanha dor
Óh, minha mãe amada, minha rainha
Queria eu poder te tirar do peito
Essa tristeza que invade teu viver a cada dia
Essa miséria de amor que imploras
De um filho soberbo, quanta agonia
Pudera eu poder te ajudar
Acalentar teu coração frio e trazer-te a harmonia.
Talvez essa culpa seja minha
Por te amar mais do que minha própria vida
Por isso ele te ignora e te maltrata
Por não saber aceitar nossa alegria
Queria poder te trazer de volta a felicidade
A felicidade que somente na infância existia.
Se soubesse que se eu não existisse
Ele te amaria de coração aberto
Tiraria minha própria vida
Para você o ter sempre por perto
Mas aí te traria outra dor
E dor é o que não quero ver em teu peito por certo.