DIAS PERDIDOS

Um caminhante,
Errante, distante,
Entregue aos desatinos,
Aos imprevistos do destino.
Sonhar...? sonhei...
Como um encantado menino,
Acreditei no amor,
No olhar emoldurado por,
Uma terna poesia.
Crença vã,
Repetidas manhãs,
Esmaecida travessia,
Trama da existência,
Da realidade sem clemência.
E não há Agnus Day,
Que conforte o espírito,
Não há grito,
Não há nada,
Há não ser o pó da estrada,
E eu no meio dele, ido...
Perdido
Paisagem além,
Me sentindo pó, também.