Pé na Cova
Dos bons tempos de criança,
E da saudável mocidade...
Não mais me resta esperança...
Tudo ficou na saudade.
Tantos sonhos juvenis,
Passaram despercebidos...
Fui sujeito ambicioso,
E soberbo; hoje esquecido.
Talvez não haja mais tempo;
Sinto angústia e embaraço.
Alegrias já se foram...
Só resta hoje o cansaço.
Esta dor que me atormenta,
Deste mal que não tem mais fim;
Que corrói todo o meu ser...
Destrói por dentro de mim.
Tudo não tarda a findar...
E o meu ser não mais resiste.
Se aproxima o pé na cova...
Ai meu Deus que coisa triste!