Anjo tumular

Curvado o corpo angelical no túmulo artístico,

Debruçado sobre os próprios braços o anjo

Fita o túmulo marmóreo de beleza harmoniosa.

No ar o anjo capta as frequências de um tempo

Ainda relembrado nos momentos de introspecção,

Ele estica as mãos e seus dedos de raios solares

Difusos permanecem como a força maior.

Anjo melancólico fitando as gotas de silêncio

Emanadas de todos os túmulos, sombra angelical

Perdida em um mundo do efêmero, do triste e vazio.

Debruçado em túmulos marmóreos de beleza

Sensível cada palavra do anjo é uma prece

Ao Grande Atrator para elevar as almas

Aos seus destinos originais e únicos.

Nas asas angelicais os lamentos são levados

Para todas as partes das esferas superiores,

E em cada lamentação e dor o anjo novamente

Se prostra em cada túmulo a chorar e bendizer

Cada alma que ainda não é eleita aos Altos Céus!

Martin Schongauer
Enviado por Martin Schongauer em 06/10/2018
Código do texto: T6469282
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