Anjo tumular
Curvado o corpo angelical no túmulo artístico,
Debruçado sobre os próprios braços o anjo
Fita o túmulo marmóreo de beleza harmoniosa.
No ar o anjo capta as frequências de um tempo
Ainda relembrado nos momentos de introspecção,
Ele estica as mãos e seus dedos de raios solares
Difusos permanecem como a força maior.
Anjo melancólico fitando as gotas de silêncio
Emanadas de todos os túmulos, sombra angelical
Perdida em um mundo do efêmero, do triste e vazio.
Debruçado em túmulos marmóreos de beleza
Sensível cada palavra do anjo é uma prece
Ao Grande Atrator para elevar as almas
Aos seus destinos originais e únicos.
Nas asas angelicais os lamentos são levados
Para todas as partes das esferas superiores,
E em cada lamentação e dor o anjo novamente
Se prostra em cada túmulo a chorar e bendizer
Cada alma que ainda não é eleita aos Altos Céus!