ESSE NUNCA VERÁ DEUS...

Na rede deitado e sozinho

Com um palito de fósforo na boca

Espreitando o tempo do vazio

Não existe comparação com o dia

Eu simplesmente não escrevo poesias.

Ontem a tarde eu chorei

Todo o meu corpo doía

Senti o vazio de não ser ninguém

Na rede descanso o nada de mim

Sou um buscador de fantasias.

Na minha boca sem o doce da inspiração

Perdido num vórtice de tolices

Sou mais um bêbado de si mesmo

Não encontrei a paz tão escrevente

Sou um alguém apenas deitado e que pranteia...

Quero escrever poesias de qualquer coisa

Mas minha alma está cativa no egoísmo

Nas sombras deste dia um término fúnebre

Quando um neurônio morre eu morro também

Pois não existe milagres só eu e a rede de mim afã.

Eu agora escrevo certas besteiras

Não sou um homem que tenha inspirações

Na caridade da vida muitos são só admiradores da fome

Não consigo mais escrever poesia só vômitos

Sinto que o fogo que me consumia era Deus.

Minhas mãos são reféns da mesmice

Meu corpo está cheio de impurezas

Eu quero apenas dormir com as estrelas

Pois sou um massacrado pelo nada deste ser interior meu

Hoje nas trevas apenas adoro uma coisa; os sonhos.

Sou o vazio teimoso e equilíbrio inebriante

Perdido em palavras das desgraças em procrastinação

Um bêbado nu e feio cheio de chagas do alfabeto

Um esdrúxulo de cheiro do passado rebelde

Em especulações que a vida tomou pra si e apenas, cuspiu...

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 05/10/2018
Código do texto: T6468204
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