Bebê morto em fim de maio
Triste fim de maio de 1912, começam os prantos
Para aquele menino tão desejado desde o momento
Da concepção, o berço carregado com o menino
Morto pela casa espalha a morte e a tragédia.
Pobre vítima colhendo o hausto da morte,
Da desolação e do frio rígido no pequeno
Corpo, tua hora chegaste tão depressa,
Teus sonhos incorpóreos jamais serão
Realizados nesta vida que não mais sonha.
Teus olhos cerrados, tua tez pálida, os pequenos
Pés unidos um ao outro sem movimento é
Um drama de incomparável melancolia.
Os prantos paternos ecoam por todos os
Cômodos, e fotos do bebê ainda vivo são
Beijadas efusivamente, teu canto de descanso
Será no jardim da casa em que rosas brancas
Serão colocadas em todos os invernos e primaveras.
Tua alma voou aos céus colorindo-o
De nuances lúdicas e voarás nas asas
Angelicais sorrindo como uma criança
Cujos olhos encantarão a todos que
Amam o mundo do infantil e da ternura.