Bebê morto em fim de maio

Triste fim de maio de 1912, começam os prantos

Para aquele menino tão desejado desde o momento

Da concepção, o berço carregado com o menino

Morto pela casa espalha a morte e a tragédia.

Pobre vítima colhendo o hausto da morte,

Da desolação e do frio rígido no pequeno

Corpo, tua hora chegaste tão depressa,

Teus sonhos incorpóreos jamais serão

Realizados nesta vida que não mais sonha.

Teus olhos cerrados, tua tez pálida, os pequenos

Pés unidos um ao outro sem movimento é

Um drama de incomparável melancolia.

Os prantos paternos ecoam por todos os

Cômodos, e fotos do bebê ainda vivo são

Beijadas efusivamente, teu canto de descanso

Será no jardim da casa em que rosas brancas

Serão colocadas em todos os invernos e primaveras.

Tua alma voou aos céus colorindo-o

De nuances lúdicas e voarás nas asas

Angelicais sorrindo como uma criança

Cujos olhos encantarão a todos que

Amam o mundo do infantil e da ternura.

Martin Schongauer
Enviado por Martin Schongauer em 28/09/2018
Código do texto: T6462218
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