Eu.

Aprendi a ser eu mesmo

Praticando ato de ser

A mim mesmo de vez em quando

Eu não posso e não preciso

Ir a todos os lugares

Mas posso olhar calado

E descobrir o que não quero ser

O que restar, sou eu

Aquele que traz no coração

O que merece ser lembrado

Aprendi a errar sem pedir ajuda

O tempo ensina

Que o mundo muda

Mas que há coisas no mundo

Que pra sempre serão assim

Do pouco que aprendi

Eu sei que tem lições ali

Que preciso levar comigo

Pois não devem ser ensinadas

A mais pura manifestação de vida se dá

Nos momentos em que não se sabe como agir

Pra todas as outras, se olha os ponteiros

Enquanto o relógio enferruja

Sem nunca saber

Qual dos dois tempos foi mais verdadeiro.

Edson Ricardo Paiva.